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Salvar a biodiversidade

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Muitas atenções voltadas à chamada COP 26 (COP - Conferência das Partes, reúne nações signatárias de um acordo ou tratado relevante), iniciativa da ONU, prevista para 1° a 12 de novembro em Glasgow na Escócia e tratando do aquecimento global. No Brasil, a notícia no início desta semana referia-se ao fato do vice-presidente não ter sido atendido no desejo de chefiar a delegação do País à referida Conferência, preferindo o Chefe da Nação designar para tal o seu Ministro do Meio Ambiente. Espera-se muita polêmica e pressão sobre o Brasil a respeito do desmatamento na Amazônia e consequências para o clima global.

Todavia, neste momento, está acontecendo com sede em Kunming, na China, outra Conferência relevante da Organização das Nações Unidas: a COP 15 reunindo os países membros da Convenção da Diversidade Biológica. Ambas as Conferências se referem a tratados que foram assinados na Rio 92, a Cúpula da Terra. No caso da Convenção sobre Diversidade Biológica, 195 países já a ratificaram, todavia seus intentos e metas estão com execução muito aquém dos compromissos assumidos. Ao contrário, o declínio da biodiversidade acelera-se no planeta. Esta cúpula tem a tarefa vital de conservar a vida natural para que possa ser usada de maneira sustentável e justa. Adiada duas vezes em razão da pandemia, terá outra rodada até maio do próximo ano.

Em discurso dirigido à COP 15 o Secretário Geral da ONU Antonio Guterrez declarou que "a humanidade está perdendo a guerra suicida contra a natureza" e "a biodiversidade está em colapso e nós somos os perdedores". Concluiu com um apelo: "Precisamos que todos ajam com o entendimento de que proteger a natureza criará um mundo mais justo, saudável e sustentável".

O Brasil está entre os países mais retardatários nas medidas para reduzir os impactos ambientais e a destruição de ecossistemas. Ao mesmo tempo nossas autoridades reivindicam que as potências ricas subsidiem com recursos as ações para diminuir danos ambientais ou recuperar áreas degradadas. Nestas horas, os brasileiros esquecem que formamos uma das 10 maiores economias do mundo e que, diante do universo de duas centenas de nações, estamos mais para "primos ricos" do que para subdesenvolvidos.

A expectativa sobre a COP 15 é que consiga chegar a novos acordos para cumprir os compromissos da Convenção da Diversidade Biológica. Está sendo tentado definir metas de curto a longo prazo na redução da poluição, na preservação da natureza e em sustar ou reverter as perdas de plantas, animais e ecossistemas. Será necessário incluir estes objetivos nas políticas nacionais de cada país.

A esperança descortina-se na posição dos jovens. A juventude está muito mais consciente e preocupada com a questão ambiental do que as gerações anteriores e como disse Guterrez "chorando por mudanças". Estas dependem de posturas corajosas dos atuais líderes e de todos nós.

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